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domingo, 18 de dezembro de 2011

Emoções eu vivi...

Show de talentos na escolinha da Alice, eu meio na dúvida se ela se apresentaria ou se teria o 'bloqueio de palco' de novo (aconteceu no dia das mãe e no dia dos pais). 
 Chego lá um pouco atrasada, eles já tinham entrado e ela estava lá...linda, dançando e cantando com seu enfeite de flores na cabeça. E eu, no fundo da foto molhando as lentes dos óculos, borrando a maquiagem, sentindo aquele orgulho que só quem já lambeu a cria demoradamente entende. 
 É, definitivamente, mãe é um bicho muito estranho (ainda bem, né?).





Ps: a Alice é a de calça roxa...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Feliz aniversário, envelheço na cidade!!!

Passadinha rápida para dividir com vocês que hj, exatamente hoje estou completando 34 anos (abaphaaaaa). E há muito tempo desisti e pensar em metas e etc, mas sempre acabo fazendo um paralelo da vida, sabe como é?
 Pois hoje me deu uma felicidade tão genuína, tão simplinha, tão minha...

 Me dei conta que não realizei todos os sonhos mirabolantes (ou não) que eu tinha há 5, 10 anos atrás...mas...por outro lado, as velas do meu barco mudaram a direção da minha vida e quer saber?
 Nunca,nem nos meus sonhos mais loucos e ousados eu sonharia que me sentiria tão feliz, tão genuinamente feliz em acordar num sábado de manhã (bem cedo) e abrir o maior sorriso só por ouvir aquele "mãããããeeeeee".
 Pois é.
 E de quebra, nesse ano de 2011 eu consegui colocar em prática uma coisa que eu queria muito que era fazer as pazes com o meu passado, o que incluía algumas pessoas super importantes para mim, mas que por razões que nem eu sei mais pq, nos afastamos.
 Então que eu consegui!!!
 Primeiro há um mês atrás, reencontrei pessoalmente a minha eterna alemoa; nó na garganta quando fiquei na frente dela, não consegui nem falar...disfarcei bem, mas véia...disfarcei bem, mas tu sabe que teu lugar tá sempre aqui no meu coração né? (desculpa a breguice de expor no blog, mas tu sabe como sou brega e emotiva com aqueles que eu amo).
 E hj, para encerrar o ciclo, como num passe do destino a pessoa que me faltava, digamos assim, colocar nos eixos a amizade, apareceu e eu senti que finalmente consegui o que eu queria há tanto tempo, fazer as pazes.
 A Alice segue linda e feliz, de cabelo curto para o verão. E cabe registrar que ela adorou a tia alemoa, hehehe.
 Ai, gente, por hj é só!!! Vou ali curtir esse aniversário tão simples, mas ao mesmo tempo tão feliz e já volto!!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

As intolerâncias alimentares e as descobertas...



Lactose...sua sacana! 
 Nãoooo, não é a Alice que está com alergia ou intolerância (ainda bem!). 
 Sou eu. 
 Então que depois de muito mal estar, uma série de sintomas estranhos o endócrino me pediu um tal de exame de alergia e o resultado já era previsível. 
 Eu já não bebia leite há bastante tempo, mas confesso que sou (era) vidrada num sorvete, queijos variados (especialmente gorgonzola e ricota) e não dispensava um iogurte todo santo dia de manhã. Fora os doces que levam leite que eu amoooo (ou melhor, amava).
 Já estou há 48hs sem ingerir nada de derivados do leite e já me sinto bem melhor. Tá, é meio esquisito comer massa sem queijo ralado e sanduíche sem queijo muzzarela mas isso não é, nem de longe, um problema; é só um contratempo. 
 E eis que hj de manhã já me peguei pensando em receitas e coisinhas mil para fazer sem lactose e vi que situações assim acabam nos obrigando a ser criativas, a sair da zona de conforto (a-d-o-r-a-v-a chegar em casa nos dias sem muita inspiração e fazer uma massa com um molho a base de requeijão...). 
 Também percebi que terei muitas coisas para aprender, sabores para redescobrir e querem saber? Estou muito entusiasmada.
 Aceito ideias, sugestões, relatos!!!!!! 
 Bjão
  
  *Semana que vem tem a segunda parte das descobertas & novidades.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Momento deja vú...

E hoje pela primeira vez ela viajou sozinha sem mamãe ou papai... (o pai vai mais tarde encontrá-los).
 Pegou uma carona para praia com o tio, a tia e o primo que ela ama de paixão. 
 Entusiasmada, com a bolsinha a tiracolo com o inseparável copinho de suco e a garrafinha de água, só sabia cantarolar 'eu vou pá páia, eu vou pa páia...". 
 Entrou no carro, se ajeitou na cadeirinha e me deu tchau.  Sorria sem parar.

 Por um momento me projetei uns 16 anos (ou menos) no futuro, e a vi pegando a mochila, a chave de casa,  me dando um beijo e batendo a porta...saindo para desbravar o mundo,  navegando pelo oceano da vida. Senti uma familiaridade tão forte com essa cena imaginária e me dei conta que já vivi isso, sim...com certeza. 
A diferença é que agora não sou eu quem sai de mochila mundo a fora. Eu sou a que fica esperando com um  misto de orgulho, saudade e um tanto de preocupação (toda mãe sempre sente, não é?). 

 E mais uma vez finalmente compreendi a minha mãe. E os meus óculos ficaram embaçados e molhados, como sempre ficam nessas horas.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Problemas técnicos no blog

Banda excedida...
O lay out sumiu e essa mensagem fica boiando na tela.
 Alguém sabe o que está acontecendo, e, principalmente, como resolver???
 Tá lançada a campanha: ajude uma mãe blogueira semi-analfabeta digital... 
  Até daqui a pouco gente!!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Declarações...

8:00 da manhã, deixo a Alice na escola e converso brevemente com as professoras.

8:10 da manhã, dou tchau para ela (que está feliz da vida indo desenhar) e digo:

- Tchau filha, amo muito você!

E ela responde:
 - Amo voxê também...

Comoção geral nas professoras e eu saio de lá com a certeza que meu coração também ficou na escolinha...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu sou "balalina"...




Pronta para sair, vestida com uma de suas novas paixões: a saia de "balalina".

 E eu cada vez mais apaixonada por ela, orgulhosa dela...e sim, incrédula com a passagem do tempo que nos deixa para trás sem pedir licença. 

Pois é, cadê o bebê que eu carregava no sling e dava banho dentro de um balde?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Prenda minha...


Alice vestida a caráter ´para as comemorações alusivas ao 20 de setembro (teve rodinha de chimarrão na escolinha!).

 E sim, por mais que eu não ache assim tãoooo legal, a mocinha adora comer um churrasquinho.

Diálogos

22:30hs, mais do que além da hora da Alice dormir...

Eu: "- Alice, tá na hora de nanar, já é muito tarde."
Alice: "- Agora não poooxo.."
Eu: "- Ah é? Por quê???"
Alice: " - To ocupada vendo dexenho."
Eu (com cara de mulher obsoleta do século passado): "Ahhhhh".
  
 O diálogo acima foi real e ocorreu ontem. 
 Posso com isso?

domingo, 18 de setembro de 2011

E ela desfilou...



Todos os anos a escola da Alice promove atividades nas datas festivas para as crianças. Teve carnaval (ops, não postei fotos...), Páscoa, dia das mães. dia dos pais, dos avós...
Semana passada teve um desfile dos pequenos alusivo à semana da pátria. Quase não deixo ela ir (eu estava no trabalho nesse horário) mas a minha mãe e minha prima foram junto aí relaxei. No fim deu tudo certo e ela amou a bandinha, os balões...e ficou muito fofinha com aquela camisetinha, né?

 Semana que vem aguardem...semana farroupilha!!! 

 E sim, sei que estou completamente em débito com a blogsfera mas...taaaaaaaantas coisas aconteceram e eu literalmente virei um polvo...mas aos poucos vou voltando. Tanto assunto para colocar em dia, debater...chego a pensar se não era o caso de perguntar: "Gente, o que vocês querem falar? Algum assunto em especial?"
 Sério. Porque tem tanta coisa para publicar, post para terminar, filmes para ver e coisas para ler (por causa do trabalho na Torre da Justiça, hohoho) que acabo me atrapalhando. Isso sem falar no sono para recuperar, naqueles raros momentos de ócio onde eu só quero praticar...o ócio! 
Agora vou ali tomar meu chimarrão, na minha cuia nova...
 Volto logo!! 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Flagra cortando o cabelo...


Gente, adorei os comentários no outro post.

 Respondendo: não, eu não cortei o cabelo da Alice em casa (só uma vez me arrisquei a aparar a franja e ficou um desastre). 
Quem cortou foi a cabelereira do papai...que é uma fofa e suuuuper paciente. Não foi exatamente a coisa mais simples do mundo, precisou de uma força tarefa mamãe-papai-cabelereira, mas no final deu tudo certo e adoramos o resultado.
 Aliás...sou fã de cabelos mais curtos (totalmente "abaixo a rapunzel", hehehehe).
 Até daqui a pouco, beeem pouquinho.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Chanel...

O cabelo novo da moça, que parece que cresce mais e mais cada dia (a Alice, não o cabelo, rsrsrs). Enquanto isso, na torre da justiça a mamãe trabalha, trabalha e trabalha...e a filha cresce, cresce e cresce.
 Essa lógica não é exatamente justa, não é? 
 E o cabelinho segue fazendo sucesso...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

São João está dormindo, não acorda não...

A festa da escola foi uma semana antes da moça pegar uma virose, que passou para a mamãe depois...mas agora estamos bem! :)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Viroses...

Estamos enfrentando uma virose chata (diarréia, febre...), segundo a pediatra, a primeira de muitas...

 Esse inverno vai ser longo (suspiro!).

 Até daqui a pouco, bem pouquinho.

domingo, 12 de junho de 2011

Dando uma força para a campanha...

Acabei de ler no Mamíferas e depois no link que elas indicaram, na revista TPM, uma campanha chamada 'Namore uma mãe solteira'.

E como mais nova representante da categoria das mães autônomas, eu adorei!!! 
Leve, bem humorada e engraçada - como a vida deve ser.

 E a Kathy, do (Mamíferas) tem toda a razão quando diz que 'tem muito cara legal por aí'. Engrosso o coro e digo: sim, tem mesmo, que bom né?

 Um ótimo domingo, dia dos namorados e uma ótima semana para toda essa blogsfera!!!
 

sábado, 11 de junho de 2011

Alice, 2 aninhos...

Esse ano não fiz um festão como ano passado. Não tinha grana, não tinha clima, mas tinha (e temos) muito amor, companheirismo e vontade de ser feliz.
 Rolou uma festinha na escolinha de tarde, amei e a Alice também (estou selecionando as fotos) e no mesmo dia (25/05 - quarta-feira) um bolinho na casa da minha mãe para não passar em branco para a família, mas foi coisa muito, muito simples. E querem saber? Foi muito legal também. 

 Segue uma fotinho da Alice e da Emma, lembram dela?

 Pois é, por esses acasos impressionantes do destino ela e sua mamãe que eu amo profundamente puderam estar presentes nessa data tão especial, que além de ser aniversário da Alice também é uma data que marca um período de mudanças bem significativas na minha vida (ô coisa boa, mudanças são sempre bem vindas!). 

E já que vcs devem estar bem curiosas(os), mando um registro de uma das mudanças significativas, meu cabelão estilo Sansão/manto sagrado/Rapunzel virou um cabelinho desfiado, moderno e amei isso! Nunca mais vou usar cabelão (aliás, pq foi mesmo que eu demorei tanto a cortar hein?).


Por hoje fico por aqui, vim correndo só para dar um oi e dar um sinal de vida para toda essa blogsfera que eu amo de paixão. Agora vou ali curtir  muito essa noite de sábado e as delícias que só o frio nos faz lembrar que existem...
;)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Só mãe sabe o que é...

...deixar a filha na escolinha, sair correndo para não se atrasar para o trabalho e nem dar muita atenção ao fato de várias pessoas passarem te olhando tanto...
Até passar distraidamente a mão no cabelo e sentir alguns tic-tacs e outras coisinhas enfeitadas que não deveriam estar ali (ao menos não de forma tão desordenada!).
Pausa. Desacelera o passo. Faz cara de paisagem e simula descontração ao retirar calmamente um por um dos adornos.
Pois é, se alguém me viu na rua hoje de manhã saiba que eu não endoidei, só virei mãe, hahaha.

* Já volto com as novidades (as minhas e as da Alice), o aniversário de dois anos (dia 25/05), o turno integral da escolinha, o desmame, comportamento pós separação, progressos e algumas pequenas e esperadas regressões, nossa nova rotina & adaptações ...

Ufa! E tem coisa!
Volto logo, prometo!

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz nosso dia!


Feliz dia das mães gurias!!!!






 *Continuo o processo de me reinventar & redescobrir...posso dizer que está muito, muito intenso.
 Já volto, tá?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

sábado, 30 de abril de 2011

Coisa curiosa...

Coisa curiosa...

"A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida..." (Vinícius de Moraes)

Algumas pessoas carregam uma parte de nós (ou nós carregamos uma parte delas?). 
Reencontrá-las (ainda que virtualmente) é como rever partes de nós mesmos que - infelizmente-  ás vezes até esquecemos que um dia existiram.

 E no meu caso, como tem partes minhas espalhadas por esse mundo!!!  Algumas estão distantes algumas centenas de quilômetros;  uma delas apenas está a milhares...do outro lado do oceano. E uma outra está tão, mas tão perto, mas é como se estivesse do outro lado do mundo, tamanho o oceano de distância que se fez... 

Enquanto algumas pessoas de uma certa forma estão 'saindo de cena' (em todos os setores e aspectos), outras pessoas que um dia fizeram parte da minha vida e estão inseridas na minha história estão voltando.
 Algumas de sopetão, outras devagarinho...mas de volta, decidida e indiscutivelmente de volta.

 Mais do que voltarem para minha convivência, estão - de certa forma - me ajudando a voltar para mim mesma.
 E quer saber? Eu estou muito, mas muito feliz. E mais feliz ainda porque agora a Alice é minha companheira nessa caminhada e vai poder conviver com pessoas muito legais.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Pausa para o acampamento...

Pois é.
 Nos mudamos (eu, Alice e a Isis -  nossa gata). 
 Casa nova, dias sem internet, muitas e muitas caixas, bagunça que parece interminável e diversos problemas no apartamento que só agora deram as caras... estamos vivendo meio acampadas,  mas felizes.
 Vou ali e já volto! Não me abandonem!! 
 Até daqui a pouco, bem pouquinho...

sábado, 9 de abril de 2011

Letra e música...

 Essa música me deu um nó na garganta a primeira vez que ouvi, quando aluguei o filme muito por acaso (acho que foi sugestão do pessoal da locadora...será? nem lembro mais). Na verdade a letra tocava muito no meu momento pessoal na época, enfim...
A primeira vez que vi o filme foi em julho de 2007, e hoje por acaso está passando em um canal qualquer da tv a cabo.
 E o nó na garganta voltou (ou sempre esteve aqui?), a diferença é que agora ele não me sufoca tanto. Na verdade nunca mais vai me sufocar porque afinal, uma das coisas legais dessa tal maturidade é que a gente aprende a conviver com as dores até o dia em que elas se transformam em meras cicatrizes...

Tudo termina onde começa... e a vida é um eterno ciclo.






*Ps: tentei incorporar o vídeo mas não consegui...sorry! Alguém me ensina???

Blogagem coletiva: maternidade real.

 
Eu sei que tou nos 45 do segundo tempo para falar no assunto (aliás, belíssima iniciativa da blogsfera, valeu Carol). E pensei mesmo em várias coisas para escrever mas todas as mães-colegas-blogueiras-mulheres reais que conheço virtualmente já falaram tudo, enfim. Concordo com muitas coisas que li. E me sinto um pouco mais normal (ou um pouco menos freak?) quando vejo que a culpa parece ser um sentimento que (infelizmente) vem de braços dados com a maternidade. 


E concordo: as espectativas (nossas, dos outros, do cachorro, do gato, do passarinho...) atrapalham e muito. E não ajuda nada a convivência (física ou virtual) com mães que insistem em dizer que " - Para mim é/foi tudo tããããão perfeito, não sei qual o teu problema..." e te olham com aquela cara de quem tá no Zoo vendo o último urso panda criado em cativeiro (oiiiii olheiras de mães que dormem pouco!!!). Enfim.

 O que posso complementar

Eu não tinha a menor noção da realidade da maternidade (alguém tem???) antes de...bem...ser mãe. Tá aí uma experiência que é como aquela viagem de intercâmbio para um país onde a gente não sabe falar a língua nativa, só conhece por documentário e por mais que os amigos que já tenham ido até lá te cubram de dicas e relatos, a gente SEMPRE ACHA QUE NA NOSSA VEZ VAI SER DIFERENTE (háháhá...eu caí nessa pegadinha do meu próprio ego, e vcs?).


A gravidez em geral é como aquela fase pré-viagem, pré- aventura. Sabe quando a gente olha mil folhetos, risca e rabisca o mapa fazendo planos de vou aqui e vou ali? Quando a gente faz listas das coisas m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s que quer trazer? Dos lugares incríveis que quer fotografar? Então...a gravidez é isso... Planos, planos e planos. 
E muita idealização, muito sonho, fofurices e gente te paparicando. 

A barriga é a estrela da vez. Eu, por exemplo, não tinha sossego...minha barriga (que eu exibia com MUITO orgulho) era parada até na fila do super. 
Cara, uma vez eu super concentrada escolhendo toalhas de banho num lojão do centro da cidade, barriga de 39 semanas explodindo, de repente dou um pulo, maior susto quando sinto uma mão estranha deslizar em cima do meu umbigo. Era uma moça (cara de pau master, crianças: jamais toquem uma barriga grávida sem pedir antes, ok?) que me olhou e disse: "- Ahhh,  que barriga linda, eu tinha que tocar!". Eu só conseguia grunhir: "-Hunnnghh..." (na minha cabeça passava algo do tipo: "&%$#@!J*&¨", saca?).

Então o grande dia chega, a gente vai lá toda emocionada, malas prontas para a maior aventura de nossas vidas. E querem saber? Vai ser a maior aventura mesmo. Mas esquece aquela coisa "Fantasy Island" e pensa em algo mais no estilo "Perdidos na Selva" (e sem bússola, fósforo, mapa,  GPS, celular e sem o manual do escoteiro mirim).

 Pois então, mesmo com todo o sufoco dos primeiros tempos porque olha só, imagina cair literalmente de mau jeito num lugar onde ninguém compreende o que tu fala e tu também não entende bem dizer...nadinha do que estão falando, afirmo com a maior convicção que a maternidade é uma experiência encantadora e arrebatadora. 

 E, como toda imersão na vida selvagem ou numa cultura muito diferente da nossa, as dificuldades não são poucas... 


Uma vez li uma frase sensacional que, para mim, resume tudo: 


"Padecer no paraíso? Que nada! Ser mãe é se divertir no inferno...". 


Pois é. Já me culpei (e me culpo ainda, mas por outras coisas), me rasguei, me estressei, lutei, chorei e principalmente: mudei. Mudei como mulher, como ser humano e acho que apesar de ser um pouco doloroso (por causa do choque inevitável com a realidade), mudei para melhor. 

 Então, sabe aquela história que as viagens mudam a gente sempre? Pois é, informo que a maternidade é literalmente uma viagem...com a diferença que a gente nunca volta. E geralmente acha bom. Bom não, acha ótimo!  

 E sim: a sua vida nunca mais será a mesma.

 Sim: dificilmente você será como a Gisele no pós parto (a Galisteu não conta pq é óbvio que aquilo foi photoshop, néam?). Eu digo que acho a Ivete Sangalo uma coisa mais assim...realista? Então...

Sim: por um tempo você viverá como se estivesse meio fora de órbita, biruta, as pessoas talvez te achem meio estranha mas quem te ama de verdade jamais vai achar isso um problema (#estadopuerperalsucks). Mas calma, isso passa! Palavra!

 E sim, sim, siiiiiim: o seu mundo vai virar do avesso, de ponta cabeça, virar estrelinha e fazer polichinelo. Você muitas vezes olhará para o céu e pensará: "- O que foi que eu fiz com a minha vidinha que era tão minha, ó Senhor ????" (para se arrepender 20 segundos depois e se sentir uma monstra por uma semana por causa desse pensamento).  



Irá suspirar quando ver as fotos de suas amigas sem filhos na balada, mas quando sentir o calor daquelas mãozinhas te fazendo carinho no rosto, o cheirinho daquele cabelinho e ganhar aquele abraço tão apertado vai ter mais certeza ainda de que isso sim é felicidade - o resto é acessório. 


 E sim, definitivamente SIM: vai rolar a maior  identificação, além de surgir muitas amizades com outras loucas mulheres que assim como você embarcaram num safari e resolveram morar na selva. Que matam leões todos os dias, enfrentam feras e correm de um lado para o outro penduradas muitas vezes em cipós (oi Tarzan!). Que se desapegaram de muitas coisas porque viram que elas não faziam tanto sentido e afinal não tinham tanto valor assim. Que se apegaram em muitas outras coisas que de repente começaram a fazer sentido e a ter muito valor.   



E que - assim como eu -  são tremendamente felizes nessa aventura diária e deliciosamente insana chamada maternidade.

sábado, 2 de abril de 2011

Enquanto isso no lado de cá...a culpa e outras reflexões.

a


Essa semana a Alice está doentinha. Segunda feira a professora liga da escola, pedindo que alguém fosse buscá-la. Uma febre súbita, alta. Minha vontade era largar tudo, sair correndo e pegar minha pequena no colo. 

Mas eu não podia... Coube à minha mãe fazer isso.

Ah, pois é...não contei ainda mas estou trabalhando, de novo. Voltei à profissão para a qual me diplomei. Escritório novo, colegas novos, realidade nova e, principalmente, contato com rotinas e uma matéria que preciso estudar muito. Mas muito mesmo. Gosto de sentir segurança nas coisas que falo e escrevo; tenho que ir até o fundo e insistir. Mas reconheço que durante a faculdade (e toda a vida escolar) nem sempre tive maturidade para entender a grandeza do conhecimento que estava sendo passado no momento. Ou nem sempre tive a sorte de ter alguém que realmente cativasse e despertasse o interesse na matéria. Enfim...o fato é que tenho me dedicado bastante à esse novo trabalho. Além da óbvia necessidade financeira, existe a nem tão óbvia (mas muito forte) necessidade de realização pessoal. E vou confessar que gosto de me sentir capaz, produtiva. Aliás, quem não gosta?
Pois então foi assim naquela segunda-feira, muitas coisas para terminar no trabalho e o coração despedaçado por não poder correr ao encontro da minha filha.
Depois que saí do escritório fui com o pai dela num atendimento de urgência, onde foi constatado uma pequena infiltração no pulmão e – como de praxe – indicado um tratamento de alguns dias com nebulização, anti-mucolíticos e, para massacrar mais ainda meu coração e a minha alma – antibiótico. Confesso que cedi ao diagnóstico pois não tenho forças no momento para comprar brigas com o pai dela ou quem quer que seja. E também estou preocupada com a tosse dela que não cura há semanas. Cedi, então, ao tratamento. Claro que não vou ficar conformada e já estou à procura de um bom pneumopediatra e de um alergista para investigar isso mais a fundo.
Não está sendo nada fácil sair todo dia de manhã e deixar ela na minha mãe. Sei que ela está bem cuidada, a febre foi só aquele dia e cedeu logo, ela está indo faceira na escola. Mas a professora disse que ás vezes ela chora, e me chama... Minha mãe foi lá hoje de tarde fazer a nebulização e me ligou aos prantos porque ela obviamente chorou na hora da vovó ir embora. “Como assim a vovó veio e não vai me levar junto?”
E eu fiquei com vontade de chorar mais ainda, mas não pude. Não gosto e nunca gostei de misturar vida pessoal com trabalho, ainda mais um trabalho onde estou há menos de um mês.
E querem saber? Ás vezes acho que o mundo é muito sacana, mas muito sacana mesmo. Nós temos que ser profissionais, mães, mulheres lindas, perfumadas e bem penteadas, equilibradas, saradas, bons exemplos... E, de preferência, sem aqueles altos e baixos emocionais/hormonais típicos...de quem mesmo? Típicos das mulheres, vejam só. Pois é, mas o que nós somos mesmo? Ah, sim, quase me esqueci: nós somos mulheres, pô!
E quem diz que é fácil administrar tudo isso, que não sente nenhuma culpa em deixar a cria amada aos cuidados de outra pessoa, que nunca sente vontade de atirar tudo para o alto e gritar um palavrão bem feio e cabeludo... mente descaradamente, só pode. Ou descobriu alguma fórmula mágica (me conta?? Também quero!).
As únicas coisas que me reconfortam um pouco é primeiro saber que ao menos para mim, o trabalho engrandece a alma e a auto-estima; e quero que minha filha cresça com um exemplo saudável nesse aspecto. Afinal, auto estima (em níveis saudáveis) é a base de tudo, na minha opinião.  Tem também a constatação inevitável de que, ao menos nesse momento da minha vida, eu não tenho outra opção (em relação aos horários de trabalho e grau de dedicação -  que está sendo grande mesmo). Mas o que realmente me impulsiona para frente, me dá forças todos os dias para levantar e fazer tudo igual, correr o tempo todo é olhar para a Alice e ter a certeza que faça o que eu fizer na vida, desde que ela nasceu é tudo para ela e, principalmente, por ela.
Eu nunca contei aqui mas foi graças á minha filha que eu finalmente saí da adolescência com (cof, cof) trinta anos. Pois é, a Alice me deu de presente além da descoberta do amor incondicional, uma coisinha super importante na vida que se chama foco.
E assim eu sigo, esperando pela hora de chegar em casa e pegar minha filhotinha no colo, curtir os momentos em que apesar de eu estar um caco, são os mais felizes do meu dia.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Descobri quando começa o hábito das mulheres irem juntas ao banheiro...


Conversinha de meninas na hora de ir ao banheiro...




* Foto: Alice e sua amiga espanhola Emma, que veio passar uns tempos aqui no Brasil. Já estamos loucas de saudades...da Emma e da mamãe dela.

domingo, 20 de março de 2011

Driving (2)


Minha motorista preferida...
E eu olho e me dou conta que foi só depois que ela veio para a minha vida que eu descobri o verdadeiro significado da palavra gratidão
Gratidão por ela existir e estar aqui comigo. Simples e infinito assim. 

terça-feira, 15 de março de 2011

Driving...ou meu primeiro conversível.


Tem estilo a figurinha, né? E adora carros, de todos os tamanhos...

domingo, 13 de março de 2011

Navegar é preciso...

"Navegar é preciso". 

 Sempre gostei do nome desse poema do Fernando Pessoa, depois feito parte de uma música do Caetano. 
Navegar é preciso, desbravar o mar da vida é preciso, sem medo e de coração aberto. Sempre gostei de mudanças, detesto a estagnação, mesmo em casa tenho o hábito de sempre mudar os móveis de lugar. Em tempos passados isso poderia ter sido o reflexo de uma inquietação dentro do meu coração, na minha alma. Sim, hoje vejo que sim. Inquietação essa que foi sumindo ao mesmo tempo em que o papel de mãe foi crescendo na minha vida. 

 Mas continuo gostando de mudar as coisas de lugar, seja em casa, seja na vida as mudanças não me assustam. Podem me desequilibrar um tempo, o necessário para reaprender a caminhar na corda bamba, aprender o novo passo de dança ou refazer o malabarismo. 

 Esse ano, quando a Alice iniciou na escola essa não foi a única grande mudança nas nossas vidas. Ela também desmamou (vou detalhar, podem aguardar tá?), eu voltei a fazer freelas para retornar ao ritmo implacável do mercado de trabalho na minha área e...me separei do pai dela. 
 Apesar de escrever em um blog aberto, não tenho o hábito de detalhar minha vida pessoal, é uma opção minha, muito, mas muito pessoal. Mas nesse caso, além de eu achar que vocês que me acompanham há um ano merecem saber, acho importante esse dado para contextualizar várias situações do ponto de vista materno. Sabe lá se um dia alguma mãe não vai estar passando pelos mesmos processos em sua vida e a minha experiência não acaba ajudando, né? 
 Pois é isso. Não foi nem está sendo fácil... mas agora posso dizer que o pior já passou. Tentei manter a Alice fora de qualquer crise, ao máximo, e sim...esse acontecimento me deixou ainda mais insegura quando resolvi começar a adaptação dela na escolinha (uma semana depois de decidirmos que não dava mais).  
 Acho que agora ela está mais ou menos entendendo, por enquanto (e espero que continue assim) numa boa. A orientadora pedagógica da escola (temos conversado muito) disse que especialmente depois que nos mudarmos  para o apartamento que alugamos e está sendo arrumado- o que deve ocorrer até o início de abril - ela pode apresentar algum tipo de regressão, é normal e esperado. Mas também pode tirar de letra, só o tempo dirá.  
 Da minha parte posso dizer que estarei ao lado dela, aprendendo junto nessa nova caminhada, nesse novo ciclo que a vida está nos dando. E se tem uma primeira e grande lição que quero que a minha filha receba é que: navegar é preciso sim, e ser feliz (de verdade, sem acomodação) também.  
 Por hora é isso.
 Vou ali continuar me reinventando e já volto, não sumam!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Artes plásticas...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

1 ano de blog...


Pois é, o bloguinho está fazendo um ano e a Alice um ano e nove meses.
 Um filho que já nasceu quase adulto, compreende a necessidade de dedicação intensa para a irmã mais velha sem reclamar e curiosamente veio ao mundo no dia que a irmã comemorava seus nove meses de vida.  E, mais curiosamente ainda, nasceu graças à ela!
E veio ao mundo depois de um processo de amadurecimento, da  gestação de uma ideia.
 Só posso agradecer todas e todos que nos seguem, visitam, comentam  e fazem parte dessa enorme família virtual que em tantos momentos me socorreu nas dúvidas, fez rir, fez chorar e acima de tudo me fez pensar e reformular uma série de coisas. 
Vocês são tri importantes para mim, sério! Hoje eu sei que é impossível me imaginar fora dessa nuvem digital.
Obrigada gente, de coração! Que muitos anos venham, que o bloguinho um dia possa ser considerado um ancião! 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A saga da escolinha...


Amanhã, dia 21 de fevereiro de 2011, começa oficialmente o ano letivo na escola da Alice. 

Ou seja, para o calendário daquela escola em questão é hoje que as crianças de outras turmas irão avançar um nível, conviver com novos colegas, outra professora e outra assistente. 
 No caso da Alice eu tinha essa opção - esperar até 21 de fevereiro para começar a adaptação já na turma dela com a professora que seguirá com o mini maternal até o fim do ano. Mas preferi começar logo, na primeira semana de janeiro, enquanto eu ainda teria tempo para acompanhar a adaptação caso fosse difícil, sabe como é...final de fevereiro sempre tem muita coisa para fazer do ponto de vista econômico-financeiro (e no meu caso, isso será mais que bem vindo, trata-se de necessidade urgente!).
 Bom, como eu sei que tá todo mundo naquela ansiedade para saber como foi que a coisa toda se desenrolou, lá vai.

 A escolha da escola:
 Já na metade do ano passado eu tinha a forte convicção que escola era melhor que babá (no nosso caso). Não me agradava nem um pouco a ideia da Alice sozinha com uma estranha, por mais qualificada que ela fosse (até porquê as mais qualificadas sairiam bem mais caras que a escolinha). Trabalhei durante três meses no inverno (assim que ela fez um ano) e deixava um dia com minha mãe, outro com minha tia. Apesar de serem duas pessoas em que deposito minha total e irrestrita confiança, essa não era a melhor opção afinal minha mãe apesar de aposentada tem diversas coisas para fazer e minha tia então, nem se fala! Nunca vi criatura que trabalha mais do que ela e ainda dá conta de uma família grande. 
Mas era inverno...e a pediatra da Alice orientou a adiar ao máximo a entrada dela na escola nesse período do ano, o que aumentou o tempo da força-tarefa familiar (não, não foi nada fácil; agradeço muito para minha mãe, tia e primas).
 Comecei a peregrinar nas escolinhas perto da minha mãe. Teria que ser perto dela para no caso de algum imprevisto ela poder me dar uma mãozinha sem precisar se deslocar pela cidade. Tinha duas bem pertinho, uma delas a minha mãe foi sozinha conhecer e me passou o relatório. Boa impressão, preço dentro da expectativa. Fui conhecer a outra escolinha, eu diria que concorrente dessa primeira pois são quase ao lado uma da outra e levei a Alice junto (ela era no final das contas, a maior interessada né?) e foi uma decisão bem acertada. Enquanto a Alice saiu com a minha mãe para explorar todos os recantos da escola, gritando entusiasmada "nenê! nenê! nenê!", a diretora ficou comigo quase uma hora. Explicou, respondeu, explicou de novo...gostei do lugar. Ela disse também que a escola tinha outra sede, há umas quatro quadras dali - olha só - pertíssimo da minha mãe (menos de duas quadras). Fomos até lá e eu gostei muito também. Por ser uma sede menor, as turmas também eram reduzidas, o único porém é que essa filial só funcionava na parte da tarde. Isso foi em setembro de 2010. Acabei olhando uma ou outra escola pela internet, coletando informações com amigos, telefonando, mas visitar mesmo não fui em mais nenhuma.
 No final de dezembro conversando com uma pessoa que confio muito, ela me disse que o filho está há dois anos na tal escolinha que visitei, justamente na sede que fica perto da minha mãe. E recomendou tão bem que minhas dúvidas se dissiparam. Nesse meio tempo descobri que uma ex colega de faculdade deixou o filho na mesma escola até ele ir para o ensino fundamental. Na primeira semana de janeiro fui lá com a Alice e minha prima e acertei a matrícula. Tive mais certeza da minha escolha quando fui procurar a pequena e a encontro bem sentada na salinha refeitório, lanchando com a criançada, como se estivesse acostumada a fazer isso há muito tempo. E chorou na hora de ir embora. Isso foi numa quarta-feira, dia 5 de janeiro. Acertamos que ela começaria na segunda-feira seguinte, dia 10.

O primeiro dia de aula:
Confesso que mesmo sabendo que seria só adaptação e que possivelmente duraria umas duas semanas, fiquei beeeem ansiosa. 
Não dormi direito, era como se EU estivesse indo para a escola#simmãeébichoesquisitoesemnoçãoásvezesquasesempre#
Chegamos lá, Alice correu para brincar com a criançada no pátio. Como não era período letivo oficial, as turmas do mini-maternal e maternal estavam meio misturadas, tipo colônia de férias. Nesse dia ficamos só até a hora do lanche e fomos embora com a pequena protestando. Mesmo feliz, ela fazia questão de me enxergar ou reclamava. Não chorou nadinha, só para ir embora. 

O segundo dia
 Decidi já ficar até o final da aula, afinal queria muito que ela se acostumasse a jantar na escola. Além de ser uma preocupação a menos para mim no fim do dia, me incomodava muito o fato dela jantar tarde em casa, depois das 20:30. Lá fomos nós... Como estava um calor infernal, além dos brinquedos que existem no pátio, tinha uma piscina para os pequenos e outra para os maiores. Não preciso dizer que a Alice amou e que eu não tinha levado fralda de banho para ela... Fiquei mais afastada dessa vez, mas levantava toda hora para espiar, ver se estava tudo bem...aquela paranóia básica materna. Não paguei o mico de ficar dentro da sala (até porque não foi necessário). E lá se foi mais uma tarde em que pensei em como seria bom ter levado um livro. Lá pelas tantas vejo a Alice correndo pelada pelo pátio. Sim, eu disse p-e-l-a-d-a!!! Puxa, isso é que eu chamo de se sentir a vontade (foi meu primeiro pensamento), em seguida lá fui eu correndo levar uma fralda para ela. A professora rindo explicou que ela tinha feito um gigantesco cocô, por pouco não foi na piscina (ai Alice!) e como a fralda estava inchada da água, vazou na calcinha branquinha...Ok, calcinha tapa-fralda bordada colocada no lixo (jamais tentar limpar desastres cocozentos de roupinhas brancas, perda de tempo...). Depois ela brincou, brincou, lanchou, brincou mais e jantou. Tão feliz sentadinha na cadeirinha, com outras coleguinhas, tentando comer sozinha. De vez em quando ela me olhava e dava um sorriso enorme.  E eu não consegui segurar a lágrima que correu do olho, um misto de orgulho e saudade da minha bebzinha que tá crescendo (clichêzão medonho mas verdadeiro).

O terceiro dia na escola e o último da adaptação:
 Chegamos lá e ela já correu para a professora, deu a mão para ela e me deixou para trás. Sensação esquisita, um quase ciúme besta que desapareceu assim que vi a felicidade no rostinho dela, correndo, brincando, interagindo com as outras crianças. Nesse dia fiquei mais escondida, não deixei ela me ver, até para testar se ela sentiria minha falta, ia me chamar e etc.  Fiquei observando de longe todos os passos da pequena nesse novo mundo. Depois do lanche eu resolvi arriscar...tinha muitas coisas para fazer ali nas redondezas e depois de falar com uma das professoras saí combinando que se a Alice chorasse, me chamasse ou qualquer outra coisa acontecesse (invasão alienígena, por exemplo) elas iam ligar imediatamente para meu celular e o da minha mãe (que mora ali ao lado quase, lembram?).
E não ligaram, ela não chorou, jantou direitinho e estava feliz e cansada na hora que fui buscar.

E olha, eu sei que cada criança tem um ritmo, uma personalidade, necessidades diferentes e não existe nem melhor nem pior, bom ou ruim...existe apenas a criança como ela é, única e maravilhosa ao seu modo;  e respeitar a individualidade é uma das maiores provas de amor que podemos dar a um filho.  Mas foi impossível não sentir as lágrimas escorrendo de novo ao observar o quanto a Alice estava tranquila, comunicativa e se entrosando com todos. Dá um orgulho danado, daqueles que fazem o peito parecer que vai explodir. E sim, não vou negar que enxerguei muito de mim mesma nela, e ver coisas positivas nossas refletidas num filho é uma alegria imensa, é sensação de continuidade, é saber ser o espelho dessa criaturinha que tanto amamos e ficar feliz por espelhar coisas positivas.

E assim estamos indo desde então. No quarto dia ela já ficou numa boa, deu tchauzinho e tudo, pegou a mão da "tia" e se foi pátio afora. Para não dizer que não teve alguns tropeços, umas duas semanas depois a turma do mini-maternal (turma da Alice) foi transferida para a sala que irão ocupar até o final do ano, que havia acabado de passar por uma reforma. Por uns quatro ou cindo dias ela reclamava muito, chorava na hora de entrar na sala. Mas nada que uma conversa não resolvesse na hora mesmo. E passados esses poucos dias já estava feliz da vida de novo. Recentemente ela começou até a tirar uma soneca na escola, coisa que eu achei que nunca faria. 
 
*** Tinham outras crianças em processo de adaptação em idades variadas (alguns mais novinhos que a Alice, outros maiores) e uma coisa que reparei foi que parece que os meninos tem mais dificulade nesse processo. Não sei se é apenas impressão ou foi um acaso os meninos que vi estarem mais resistentes em sair de perto da mãe/avó/tia/pessoa que estava com eles. Coincidentemente, na mesma semana uma amiga ligou para conversar sobre isso e contar que a adaptação do filhote dela (um ano e um mês) estava sendo bem difícil. Outra amiga que já tem o filhote (dois meses mais velho que a Alice) na escolinha há mais tempo já tinha me avisado para ter muita paciência pois o processo poderia ser demorado (o dela foi).
 Alguma mamãe de menino por aí para nos contar a sua experiência???? ***


 Considerações
 Sim, escolher uma escolinha/creche  pode ser uma tarefa difícil. Se a gente não tem uma conveniada com a empresa ou filho maior, sobrinho, afilhado matriculado em uma para termos uma boa indicação a coisa complica mesmo. São dezenas de opções, preços variados e propostas diferentes. 
 No meu caso, precisava ser numa área específica da cidade, pensando em facilitar a minha vida e a da minha mãe, e eu teria que achar a escolinha boa, lógico. Tive sorte de ter gostado de uma que algum tempo depois foi super bem recomendada. 

 A questão do preço: a escola da Alice não é barata. Está sendo possível mantê-la por lá graças a esforços conjugados de uma super tia que é como se fosse minha segunda mãe, minha avó e a avó paterna da Alice (aí não fica pesado para ninguém). E sabe, se a gente levar em conta toda a estrutura oferecida, lanches, janta, professoras qualificadas e crianças felizes no lugar, não chega a ser um valor exorbitante... A escola dela tem 42 anos, a diretora disse que todas as professoras são formadas em pedagogia e o cardápio é supervisionado por uma nutricionista. Não preciso mandar nada, nem um biscoito. Também posso solicitar alterações de acordo com a dieta da Alice (substituir algum alimento que ela seja alérgica ou que eu não queira que ela coma, se for o caso).Somando tudo isso à manutenção da escola em si, não se torna uma coisa absurda, não.
Existem lugares mais baratos? Sim, com certeza. Mas também existem mais caros, beeeeem mais caros, podem acreditar.  Nesse caso, até teria uma outra que me pareceu bem legal por fora (não cheguei a visitar porque já tinha matriculado a Alice quando passei pela frente) e que a diferença de valor não chegava a R$ 100,00. Percebi também que a localização influi bastante no valor final.
Fora isso tudo, é claro que tem a lista do material escolar...assusta um pouco mas também não é nada do outro mundo, muitas coisas talvez até quem tenha filhos maiores já tenha em casa (folha de EVA, pasta para folha duplo ofício, giz de cera, etc). Também deixei uma caixa plástica grande com o nome dela, para guardar as coisinhas de uso pessoal (fralda, pomada, lencinhos umedecidos, escova de dente, pasta, sabonete), além de mandar uma toalinha limpa com nome toda segunda-feira. 

Estou até agora muito satisfeita, os progressos no desenvolvimento da Alice já são visíveis com apenas um mês e meio de aula. Ela já está falando bem mais, aumentou o vocabulário e aprendeu a calçar a sandália sozinha (muitas vezes troca os pés, mas tá valendo a tentativa, hehehe). Também já está comendo sozinha quase sempre (com direito a grãos de arroz voadores e massa que vai parar na testa, mas também tá valendo muito, hehehe). E levando em conta que ela ainda não completou um ano e nove meses, acho que tá bom demais.  
 Se tudo isso aconteceria igualmente se ela ficasse em casa comigo, minha mãe ou qualquer outra pessoa? Não sei dizer, talvez sim, talvez não. O que posso dizer é que relação à Alice, a escolinha foi, sem dúvida, uma das melhores decisões que tomei. 
Às vezes penso que poderia tê-la colocado antes...não tenho como adivinhar como teria sido, talvez igualmente fácil ou um completo desastre, vai saber? Mas posso dizer que no meu caso, me guiei pela intuição.  Acho que ninguém no mundo conhece nossos filhos melhor que nós mesmas (é o que a minha mãe sempre diz), então só a gente para saber o momento certo para uma série de coisas, não é?

Claro que existem mães que não tem outra opção, precisam deixar seus filhotes na creche/escolinha assim que retornam ao trabalho, e eu sei que  na maioria das vezes fazem isso com o coração mais que despedaçado. E sei também que algumas mães fazem isso com a maior facilidade e naturalidade do mundo, até sem necessidade, apenas por opção. Cada um vive a sua realidade e como já falei antes, não existe melhor ou pior, certo ou errado. Existe aquilo que é bom para você, que é compatível com a SUA realidade e sua vida. E que ninguém venha encher o saco, impor suas leis ou suas verdades, afinal o que é bom para mim pode ser péssimo para outra mãe e vice-versa.

 E o amor pelos filhos? 
 Ah, esse é igual no coração de todas nós...por unanimidade, coisa boa!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O nome dele é Dudu...

Pois então que dia desses ao buscar a Alice na escola a encontro na sala do maternal I (ela frequenta o mini maternal)." -  Pô, legal, já se ambientando com a turma que ela vai entrar no início de junho...meio cedo, mas legal assim mesmo !" -  eu pensei cá com meus botões.
De repente sinto alguém puxando meu braço, olho para baixo e vejo um rapazinho bronzeado e com uma cara séria (porém simpática) me chamando. Abaixei para podermos conversar melhor e veio o seguinte diálogo:
"- Adivinha que presente eu tenho aqui para ti?" (ele pergunta, com as mãos para trás, escondendo alguma coisa).
"- Para mim???? Puxa, quanta gentileza..." (admiro imensamente homens despachados, porém cavalheiros...mesmo os com menos de 1 metro, rsrsrs).

Achei um amor aquele gurizinho me dar um desenho, fiquei encantada e pensando em como seria se eu tivesse um menino um dia (#devaneiodemãemode on# já passou).

Uns dias depois vou buscar a Alice e ela ficou chamando um tal Dudu. Me dei conta que na verdade ela falou o fim de semana todo nesse Dudu...
De repente vem correndo o rapazinho do desenho e dá um beijinho no rosto dela e ela sorri.

Ele é o Dudu, pois é.

Gostei do rapaz, despachado e inteligente. O plano de agradar/conquistar a mãe - no caso eu - foi genial, rsrsrs... (tem muito barbado com mais de trinta anos por aí que ainda se enrola nessa parte).
A professora disse que ela tem loucuras por ele, achei fofo,  muito fofo.  De todos os coleguinhas ela só chama ele pelo nome, os outros são apenas "nenê".
Só quero ver quando tiver uns dezoito anos...ai ai (ãh? ouvi alguém gritar quinze? posso fingir que não ouvi? obrigada!).


*Ah, é mesmo...o post da escola...sim, estou devendo sim, eu sei. Resolvi deixar para escrever assim que começar oficialmente o ano letivo da Alice (dia 21.02.11). Aí faço todo o balanço, dou dicas, conto o que funcionou para a gente e o que pode ser melhorado...aguardem!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Plantão extraordinário!!!

Pois vou guardar bem essa data na memória: 31.01.11.

Sabem porquê?????

Pois esse foi o dia em que a Alice, do alto de seus 1 ano e oito meses recém completados  fez seu primeiro cocô no vaso sanitário ou patente, como preferir.

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Pára tudo!

Sim, eu também fiquei um tanto incrédula e minha mãe quase chorou. Meu padrasto registrou o momento com a pompa fotográfica devida (calma, não chegamos ao ponto de fotografar a obra de arte cocozística - ainda). Depois publico as fotos.

Ontem eu busquei a Alice na escola, fui até a casa da minha mãe que é ao lado e resolvi dar banho ali mesmo (o calor aqui anda beirando o insuportável...sabe sucursal do inferno? Pois, é...). De repente, ela  na maior curtição, mirando jatos de água na vovó e tal...fica séria e diz: " - Cocô...".  Vovó pega o assento redutor, até então usado somente para brincadeiras variadas, encaixa no local apropriado e rapidamente encaixa a própria Alice no tal assento acolchoado e cheio de bichinhos (não sabia que xixi e cocô apreciam desenhos animados, mas enfim).
Me chamou para presenciar, lógico.
Suspense...
Alice sorrindo...e...fez! Assim, como se fosse a coisa mais normal do mundo (e é...eu acho), como se tivesse feito aquilo a vida toda.
Ficou toda faceira, especialmente na hora de dar a descarga (ela adora o barulho).

Confesso que também fiquei muito feliz, mas nem de longe acho que é o momento para pensar em desfralde. Considero isso como um passo adiante, uma forma da Alice mostrar que pode seguir em frente - porém a caminhada é longa e não vamos acelerar o passo, né?

Aguardem cenas dos próximos coc..., ops, digo: capítulos.


Ps: Siiim, eu sei que estou devendo um post completo sobre a escola mas estou esperando fechar um mês de escolinha. Aí farei o balanço geral, pode ser?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A primeira balada sem a mamãe...

 Pois é.

 Hoje ela foi na primeira festa sozinha, sem a mamãe aqui. 
 Explico: hoje teve o aniversário de uma coleguinha e a festa foi na escolinha. Eu louca para ir e tirar várias fotos mas sabe como é, iam pedir minha identidade na portaria e ver que já passei dos cinco anos... pensei em me disfarçar de professora, tipo colocar aquele avental que elas usam mas na hora achei que o plano tinha algumas falhas e desisti.

As professoras (verdadeiras) disseram que a borboletinha amou a festa, brincou e comeu, brincou mais um montão e comeu mais um pouquinho.

 E tenho certeza que isso é só o começo... ai ai ai meu coraçãozinho de manteiga.

Juro que ainda ontem ela era tão pequena que cabia inteirinha no sling bem coladinha em mim... e agora anda firme e determinada, por enquanto no mundinho dela, amanhã solta nesse mundão afora. E vai chegar o dia em que ela vai até me proibir de contar na frente dos outros das festas que ela ia quando era só a minha borboletinha (hááááá, mas terei o blog, hohohohohoho). Eu sei de tudo isso...

E siiiiim, estou feliz e orgulhosa mas... esse nó na garganta...sabe como é. 

Mãe é mesmo um bicho muito, mas muito esquisito.



terça-feira, 18 de janeiro de 2011