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sábado, 31 de julho de 2010

Pausa para um drink...

Dei um tempo nas minhas andanças de moto e resolvi curtir um relax...
Amanhã pego a estrada de novo, tem muito chão até chegar na casa do Papai Noel... ou dos Backyardigans...mas pensando bem acho que vou mesmo é dar um pulinho na fazenda do Cocoricó!

Vruuuuummmm....vruuuuuummmmm...

terça-feira, 20 de julho de 2010

A amamentação (olha ela aqui de novo!), a livre demanda e a minha avó Helena...



Hoje me peguei pensando num dos conselhos mais legais que ouvi logo que a Alice nasceu.
E não me surpreende em nada que ele tenha vindo justamente da minha avó, mulher que está longe de ser o modelo convencional de donda de casa, mas é sim um ser humano fantástico. Uma mulher cheia de qualidades e defeitos, humana e real. Sem essa de vovozinha de histórinhas infantis...minhas duas avós nunca se encaixaram bem nesse perfil. Mas uma delas partiu para o seu vôo solo definitivo,  curiosamente menos de um mês antes de eu engravidar...um de nós foi e um de nós veio. O nome dela era Joana e não conheceu a Alice, que pena. Teriam se dado bem, tenho certeza...
Volta e meia penso nela e sinto uma saudade boa; é...os avós deveriam ser eternos.

Mas a bisa Helena conheceu, e conhece bem a Alice. Disse inclusive que ela era a minha cara quando nasceu (isso foi SÓ quando nasceu porque depois ela foi mudando e ficando a cara do pai).
E foi na primeira vez que ela segurou a primeira bisneta no colo que me disse uma das coisas mais bonitas que já ouvi.
Eu estava atordoada, exausta, sentindo muita dor e tremendamente estressada por causa das intercorrências traumáticas que me aconteceram por causa da anestesia...o quarto cheio de visitas (minhas e da moça que estava na outra cama) e eu só queria tentar achar um eixo, o meu eixo dentro daquele universo totalmente novo que de uma hora para outra eu fui arremessada. 

Aí a minha avó pega a Alice no colo, olha para mim e relembrando quando minha tia nasceu me diz:

 " - Quando a tua tia nasceu ela era tão mirradinha que parecia prematura, por pouco não cabia numa caixa de sapato..." (a gravidez tinha sido bem complicada e minha tia nasceu bem debilitada, se fosse hoje certamente teria ido parar numa UTI neonatal mas há mais de cinquenta anos acho que isso nem existia).
Eu já conhecia essa história de cor e salteado mas de repente ela contou um detalhe que eu desconhecia e foi algo que fazia um incrível e oportuno sentido naquele momento da minha vida: 

" - As enfermeiras vinham no quarto e me falavam para colocar ela no seio só a cada duas horas, e que não tinha importância se ela chorasse...que tinha que acostumar e era assim mesmo. Mas eu não dei ouvidos. Quando ela chorava eu ia lá e botava ela para mamar, ficava com ela no colo. quase todo o tempo. Em seguida ela começou a ganhar peso e quando voltei no hospital para ver o médico umas semanas depois ninguém acreditava que era o mesmo bebê, ela já tinha até dobrinhas..."

E isso foi há mais de cinquenta anos.

Há mais de cinquenta anos deram para minha avó um conselho que eu também ignorei (ter horário rígido para mamar e deixar chorar - e o pior que ainda hoje há quem defenda isso). E há mais de cinquenta anos atrás minha vó ouviu a voz do seu próprio coração e fez o que sentia ser melhor e acertou. A criança debilitada que por pouco não ficou no hospital se recuperou rápido, com saúde porque a mãe dela ousou ir contra as (estúpidas) 'regras' que existiam ou que queriam que ela acreditasse que existiam. 

E sem se dar conta, minha avó foi a primeira pessoa que me incentivou na amamentação em livre demanda, e cada vez que lembro disso fico com lágrimas nos olhos de admiração e gratidão. 
Para ela pode ter sido só mais uma lembrança da juventude que ela dividiu, mas para mim foi uma lição de vida, um incentivo, um exemplo prá lá de positivo.
As pessoas hoje em dia se tornaram tão fechadas em torno de si e das coisas que buscam freneticamente obter que acabaram perdendo grande parte da beleza da troca de experiências entre as gerações. Que pena! 

E podem passar mais cinquenta anos que vou sempre lembrar do melhor conselho que ouvi na minha estréia nesse mundo maluco que é a maternidade...e podem ter certeza que assim como a minha avó eu vou passá-lo adiante.

Ps: E SIM, sou completamente favorável à amamentação e colo em livre demanda!!!!


*foto: arquivo pessoal

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ah que saudades dos passeios de moto e a brisa fresca do verão...

Sair bem à vontade, despreocupada com as amigas...


Agora é casaco, manta e luva.
Acordar cedo e ver o termômetro marcar 5°C.


'É o meu Rio Grande do Sul, céu, sol (nem sempre), sul...'

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O importante é o bom humor...

E isso até que a Alice tem de sobra!





quinta-feira, 1 de julho de 2010

Você é mãe...e saiba que não está sozinha!


Está rolando no meio bloguístico uma campanha linda, cheia de sensibilidade e conteúdo. Quando assisti a apresentação e vi as fotos, me identifiquei tanto que cheguei à ficar emocionada. E principalmente senti que não estou sozinha. 

Espalhadas por todos os lugares possíveis existem milhares de mulheres que se sentem como eu...como nós. 
Mulheres que se cobram (ainda que de forma inconsciente) por não serem simplesmente perfeitas. Que se cobram por não fazer melhor, mesmo sabendo que estão dando 'o seu' melhor. Mulheres infinitamente humanas, que sentem dor, choram, aguentam pressões no trabalho (e sofrem por estar longe dos filhos) ou trabalham cuidando da casa (o que não é moleza!) e geralmente são marginalizadas ou rotuladas de "mulheres do lar". Que sentem medo de adoecer e não cuidar direito da família, que muitas (para não falar em quase todas) as situações se colocam em segundo plano, que dariam a vida sem piscar ou pensar duas vezes por aquela(s) criaturinha(s) que mais ama no mundo.

Mulheres que questionam profundamente seu papel na criação de outro ser, que se afligem pelo caos em que o mundo está virado. Que teimam em ter esperança. 

As mesmas que sentiram o bebê mechendo em sua barriga com todas as dores e delícias de uma gravidez ou que pariram seus filhos com o coração, sentindo todas as dores e delícias de uma (ás vezes longa) espera para poder acolher uma criança em sua alma com todo o seu amor.

Mulheres que não sabem mais o que é dormir uma noite inteiramente longa, tomar um banho deliciosamente demorado e ás vezes nem se lembram como é ficar despreocupa lendo um livro ou simplesmente fazendo 'nada'. E ainda assim se sentem as mais abençoadas das criaturas.


Essas mesmas mulheres que querem sair para a rua, ver gente e ás vezes (sim, porquê não?) voltar ao seu trabalho...mas ao mesmo tempo querem ficar perto, muito junto dos filhos para não correr o risco de perder nenhum segundo do crescimento deles. E não são compreendidas em sua contradição.

Elas que apesar de fazerem tudo isso, ainda sentem que não é o suficiente e ficam angustiadas, noites a fio, muitas vezes sem dividir esse sentimento nem com seus companheiros ou amigas. 
Mulheres que muitas vezes não são valorizadas e consequentemente acabam acreditando nisso, que não possuem assim tanta importância.

Porque todas essas mulheres incríveis e maravilhosas, independente do que estiver escrito em sua certidão de nascimento, atendem pelo mesmo nome: MÃE.

Assistam o slide show, acessem o site do Grupo Cria, assinem o manifesto. 

Eu bato no peito e digo, sim, com muito orgulho: sou mãe e  esse é com certeza o grande papel da minha vida. 

O resto antes disso foi um ensaio. 

Sem desmerecer todo o resto, afinal sou multifacetada como todo ser humano (todos somos uma fonte infinita de possibilidades) mas o meu grande 'despertar' foi sem dúvida a maternidade. Nada que eu tenha vivido ou experimentado antes disso me ensinou tanto - sobre a vida e eu mesma - em tão pouco tempo. E nada poderá seguir me ensinando assim até o meu último dia.

 É isso...

...comentários, agradecimentos & selinho

Gente, primeiro quero agradecer muito os comentários no post do sling. Sério! Fico muito - mas muito - escandalosamente feliz quando tenho um retorno tão bacana das coisas que escrevo. Se não fosse por vocês esse blog não faria/teria muito sentido.
 
Não tenho comparecido na nossa blogesfera tanto quanto gostaria mas ainda estou me adaptando à nova rotina de mãe-trabalhadora-multi tarefas.

Um super obrigada também para a  Andrea, do 'Luiza não larga a chupeta', que mandou esse selinho:



De acordo com as regras preciso indicar 5 blogs, então lá vai: