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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pare, clique, leia e reflita...




Hoje li um lindo texto no blog Mamíferas. Acompanho esse blog desde a época da gravidez e apesar de não concordar 100% com tudo que as colunistas escrevem,  posso dizer que muitas coisas que conheci por lá foram decisivas para que eu revesse alguns (pré)conceitos e me questionasse profundamente como mãe e como mulher.
Verdade seja dita, nem sempre esses questionamentos foram suaves, muitas coisas que li  realmente me causaram um certo incômodo na hora. Mas foi bom porque me cutucou, me empurrou na direção de reflexões importantes, fez sair de cima do muro em algumas questões e mudar radicalmente de lado em outras...enfim, só mesmo indo lá para ver.
O texto de hoje foi escrito pela Tata, uma das três colunistas, e fala lindamente sobre algumas escolhas e atitudes em relação aos nossos filhos. Recomendo muito, o texto e o blog.



*imagem: getty images Brasil

domingo, 25 de abril de 2010

11 meses...




 Onze meses...
 Clichê dos clichês (quem é mãe vai compreender e me perdoar), mas parece que foi ontem que fiquei sozinha pela primeira vez com aquele serzinho tão grande para um recém nascido e tão pequeno para mim. E nessa tarde troquei uma fralda pela primeira vez na vida.
 Parece que foi apenas há alguns dias que cheguei em casa com aquele pacotinho de pele rosada, aquela criaturinha mamona e chorosa que só acalmava no calor do meu peito.
E parece que foi há muito, muito tempo atrás que pensei que ia enlouquecer de cansaço e sono, arrastada por um turbilhão de emoções. Tanto tempo que quase nem lembro dessas sensações. 
Hoje te olho distribuir sorrisos, pular de colo em colo, conquistar os corações daqueles que te conhecem. O meu coração já se apartou do  peito há onze meses e segue contigo para sempre. 

E são onze meses onde tenho mais certeza que toda a minha vida até então foi só um ensaio; ela começou de verdade depois de ti.

E o melhor de tudo é saber que a nossa caminhada recém começou...


*imagem: getty images

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Por um País mais digno para nossos filhos



 Em apoio ao movimento iniciado pela Roberta (sou fã dessa minha xará), do blog Piscar de Olhos, faço a divulgação de um assunto tão, mas tão importante que deveria ganhar espaço em rede nacional no horário "nobre" (utopia total da minha parte, eu sei...mas deixa assim).

O negócio é o seguinte:
Está tramitando no Congresso Nacional  o Projeto de Lei no. 518/09, carinhosamente chamada de  Lei Ficha Limpa.
Se for aprovado, irá mudar os critérios de ineligibilidade em nosso País.

Bah, que legal...e daí?

E daí que aquela criatura que esté sendo investigada por suspeita de algum crime grave não poderá ser candidato a nada. E isso é do nosso maior interesse, sabe porquê?

Porque eu quero ver o nosso dinheiro (é... o dinheiro público é nosso, sabiam?) bem administrado, entrando onde precisa (escolas, hospitais, manutenção de estradas, projetos sociais...) e não no bolso de algum safado %#&*@#  da vida.  

E você?  

Se não acha isso importante pode clicar para sair daqui e de repente ir para o site da revista Caras ou da Contigo se atualizar sobre o novo corte de cabelo da fulana de tal, quem os ex-BBBs estão namorando/saindo/pegando ou sobre como a vida de mãe da beltrana de tal é difíííííííícil (mesmo ela tendo muitos reais no banco,  mordomo, cozinheira, empregada e duas babás...). Também pode deixar essa coisa de responsabilidade social, dinheiro público, corrupção e um mundo melhor para viver para outro dia (o de São Nunca) afinal isso é muito cansativo e se preocupar com o que vai acontecer na novela hoje é bem mais legal, né?

Ou você pode clicar aqui e fazer parte desse movimento, assinando a petição. É rapidinho. Para você é só um cliquezinho... para o País que deixaremos aos nosso filhos é a chance de um futuro mais digno. Pense nisso.

Aproveita e dá uma lida no site do Movimento de combate à Corrupção Eleitoral

 E divulgue, espalhe, fale, mostre, não se conforme...INFORME!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 20 de abril de 2010

O primeiro selinho!

Meu humilde bloguinho recebeu seu primeiro selinho! Eu, como boa semi-cyber-analfabeta (tem hífen?) que sou, demorei um pouco para entender o que era e como funcionava.
Ganhei da Magali (valeu flor!!!!), do Cegonhas. Foi ela também quem me explicou como funcionava esse negócio de selinhos, adorei!!!
Quem ganha o selinho deve seguir umas regrinhas: dizer quem deu, recomendar outros 10 blogs para leitura e publicar.
É difícil escoher somente 10 blogs porque eu acompanho muitos, de todos os assuntos imagináveis (não, nem todos estão na barra ao lado).
Mas os meus eleitos são:

O primeiro ofurô a gente nunca esquece...


Quando a Alice era beeem pequeninha uma das coisas que eu mais me atrapalhava na hora de fazer era dar banho.
 No hospital as enfermeiras davam banho nos bebês numa sala só para isso, usando uma bancada-trocador ao lado de uma pia. Elas enxaguavam os bebezinhos embrulhados em uma fralda, segurando embaixo da torneira de água quentinha. Eu achei isso super prático, adorei tanto que se tivesse uma pia grande no banheiro certamente teria tentado (hehehe).
Mas a realidade em casa era bem diferente...
Eu ficava muito insegura porque além de ser inverno, eu tinha que cuidar a temperatura da água, segurar o nenê sem deixar a cabeça cair muito para o lado, passar sabonete líquido (em barra é coisa para gente com bem mais habilidade, rsrs) na cabecinha, no corpinho, enxaguar, pegar a toalha... E tudo isso antes do nenê ficar gelado de frio!
E não sei se acontecia só aqui em casa, mas era colocar a Alice na água e começava o maior berreiro...e eu ficava mais insegura ainda...
A Alice tinha nada menos que três banheiras em casa, daquelas simples de plástico. Nunca quis uma banheira com trocador porque ficaria inviável instalar no quarto dela (sem falar do nosso banheiro, falta de espaço total!), além disso, durante boa parte da gravidez tinha peregrinado nas lojas até achar uma cômoda com tamanho suficiente para usar como trocador,  e depois de todo esse trabalhão queria mais é usá-la, né?. Então vetei as banheiras trambolho gigantes com trocador na parte de cima.
Já tinha lido muito sobre banho de balde e a tummy tub durante a gravidez e tinha amado o conceito da coisa. Mas a recomendação médica era não mergulhar o nenê na água enquanto o umbigo não caísse, e a Alice tinha uns 21 dias quando caiu o dela. Acabou que passei o primeiro mês dando banho na banheira com bem pouca água. Mesmo depois da queda do umbigo eu continuava insegura, ouvia palpites mil (aiaiai palpiteiros de plantão...).
Mas aquilo não estava legal, tenho certeza que a minha insegurança passava para ela e confesso que seu eu fosse um bebê detestaria aquele processo todo. Eu percebia o quanto ela ficava tensa na banheira e eu não queria que a hora do banho acabasse associada a uma sensação ruim.
 Então estava mais do que na hora de fazer as coisas como eu achava certo.
Não comprei a banheira "oficial" porque achei o preço digamos assim...salgado (R$ 120,00 em média). Mas quando ela estava com mais ou menos 1 mês fui até o supermercado e tcharam! Comprei um baldinho daqueles bem comuns, transparentes por uns R$ 20,00 (o clássico da Sanremo). Estava bem ansiosa para a estréia, uns dias depois e...foi decepcionante!
 A Alice berrou muito, mas eu disse MUITO na hora de entrar no balde e não parou. E eu fiquei arrasada me perguntando onde tinha errado. Mas como eu sou uma pessoa muito obstinada, não desisti assim tão facilmente.
Esperei uns dois dias e tentei de novo. Nova sessão de berreiro, mas dessa vez com menor intensidade. E então, lá pela terceira vez que a coloquei no baldinho a coisa ficou boa. Ela ficou quietinha e relaxou. E eu queria dar pulos de alegria, coisa que só não fiz porque teria que soltar o nenê sozinho dentro do balde e isso não seria legal (hohoho, piadinha de mau gosto!).
E foi assim até ela ter quase seis meses. Só paramos de usar o baldinho porque a Alice começou a ficar em pé, queria sair toda hora e isso dificultava muito o banho. Mas já estou procurando um baldão (alguém tem alguma sugestão?) para usar nesse inverno porque, gente, é gostoso demais, é prático demais, é tudo demais de bom.
Era engraçado porque tenho muitas amigas que nunca ouviram falar em bebê no balde e ficavam um tanto quanto escandalizadas surpresas quando viam as fotos da Alice bem faceira de molho. Chegaram a me perguntar (vê se pode? Hehehe) se ela não tinha uma banheirinha...e eu sempre respondia: Não tem uma, na verdade tem três!
 O banho de balde tem várias vantagens para os bebês: diminui as cólicas, acalma e relaxa, faz dormir melhor, provoca bem estar porque simula um ambiente semelhante ao útero materno (o bebê fica mergulhadinho na água na mesma posição que estava na barriga da mãe, todo apertadinho). 
E olha que o negócio funciona mesmo, a Alice nunca mais teve cólicas desde que comecei a usar o baldinho/ofurô. Claro que desconforto gástrico ela tinha sim, eventualmente. Mas aquele chororô inconsolável passou de vez.
E tem a parte prática da coisa, sem comparação.  
A logística para usar o baldinho é milhares de vezes mais simples que a banheira. Para começar, usamos menos água e ela demora mais para esfriar (acabou a atucanação em deixar o bebê de molho na água fria no inverno).  Basta colocar água até um pouco abaixo da metade do balde, tomando sempre muito cuidado para que a água não ultrapasse os ombros do bebê quando ele estiver dentro do balde e com a temperatura (não vai cozinhar seu filhote, né?).
Depois, é muito mais fácil segurar o bebê dentro do balde, por uma razão muito simples: ele não tem para onde se espalhar e rolar. Basta amparar a cabecinha, simplinho, simplinho. 
Para lavar a cabecinha eu fazia da mesma maneira que na banheira: lavava a cabeça antes (com o bebê embrulhado numa mantinha por causa do frio), secava um pouco e depois colocava no balde.
Para não massacar as costas recomendo colocar o balde em cima de uma mesa, bancada da pia, trocador...ou fazer como eu, que comprei um banquinho de pernas bem curtinhas e sentada nele ficava da altura certa (uso esse banquinho até hoje, minhas costas agradecem). Esse aqui e esse também servem.
E como se não bastasse tudo isso, o baldinho é super fácil de levar para todos os lugares. Já experimentou viajar com uma banheira no porta-malas do carro? Ruim, né?  E um balde?  Não fica mais fácil? Pois é. 
Por todos esses motivos eu sou fã do banho de balde. E a Alice também. E como eu disse antes, nesse inverno pretendo voltar ao ofurô, estamos procurando um balde grande o suficiente.
Para falar bem a verdade, queria achar também um do meu tamanho...

E vocês, o que acham do banho de balde?

*foto: acervo pessoal, Alice com um mês e meio.

sábado, 17 de abril de 2010

Cine almoco...

Almoçando no café do cinema, antes da sessão do Cinematerna, em 1º/04/10.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Blog de roupa nova...

Layout novo, tô experimentando...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ainda sobre fraldas...


Eu já falei sobre fraldas aqui, algumas não entraram na lista porque eu ainda não tinha experimentado.
Essa semana usei duas marcas novas (para mim!) e vou atualizar a listinha.
Sempre gostei de testar coisas novas, agora mais ainda. E fralda é, definitivamente, um assunto que vai me interessar pelo menos por uns dois, talvez três ou mais (cof, cof) anos.


Johnsons Baby Hora do Sono (pacote roxo) - Mais uma boa surpresa com essa marca. A linha Hora do Sono é na minha opinião a coisa mais cheirosinha e deliciosamente baratinha que já inventaram para bebês. A água de colônia é uma delícia (eu pego emprestada da Alice ás vezes, hehehe) e o sabonete líquido para banho nem se fala. Mas confesso que não esperava muito da fralda. Resolvi experimentar e olha só que surpresa! A fralda tem aquele cheirinho inconfundível dos produtos da linha, uma cobertura tipo tecido/papel e absorve muito bem. Segurou até um cocô inspiradíssimo da Alice. Estou  usando como fralda noturna (não diga!) e até agora tem funcionado bem.


Personal Baby -  Outra boa surpresa. Eu já tinha comentado em outro post que estava com um pacote em casa mas não tinha aberto. Ontem resolvi testar a fraldinha. Sem perfume, cobertura do tipo papel. O gel fica bem macio e juntinho (não fica embolado em grumos quando está inchado de xixi). O único senão é que achei ela um pouco durinha quando está seca, mas nada que a Alice tenha se incomodado. Segura bem o xixi e hoje enquanto estávamos passeando num bazar (assunto para outro post, aguardem!) descobri que ela segura o cocô com dignidade mas acho que se eu não tivesse visto poderia ter vazado. No geral achei uma boa fralda, especialmente considerando o custo x benefício, ainda mais comparando com outras marcas de preço similar. Gostei e vou começar a usar em casa.




* imagens: banco de imagens do Google.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sapatinho de cristal tudo bem... mas qual é o tamanho mesmo?



Esses dias estava na maior dúvida na questão de numeração de sapatos (para a Alice, porque o meu pé tem o mesmo tamanho desde os onze anos).

Foi então que perguntei ao titio Google e encontrei essa tabela. Funcionou direitinho mas sabe como é, não dá para tomar esses valores como exatos porque muitos fatores podem interferir na numeração final (gravidez, largura do pé, dedão, joanetes [ui], unha encravada [ai], bolhas...).

De acordo com a tabela a Alice tá usando sapatos nº 18, e acho que é isso mesmo porque os tênis nº 19 que ela ganhou de uma amiga nossa ainda caem do pé(zão) da minha filhotinha de sasquatch. Enfim, a fruta não cai longe do pé (literalmente) e uma nenê cuja mamãe calça 38 (ás vezes 39) e o pai 45 (cof, cof) só poderia mesmo ter um pezinho que deixa a Cinderela louca de inveja.


Ps: eu só fui calçar 18 depois de ter um aninho, mas o pé da minha mãe é 37 e o do meu pai, 39 (ahhh, tá bom então!).



Comprimento do pé (cm) ----------Numeração

7,6----------------------------- 12
8,42 ----------------------------13
8,75 ----------------------------14
9,72 ----------------------------15
10,34 ---------------------------16
11,02 ---------------------------17
11,64 ---------------------------18
12,32 ---------------------------19
12,93 ---------------------------20
13,61 ---------------------------21
14,22 ---------------------------22
14,90 ---------------------------23
15,51 ---------------------------24
16,19 ---------------------------25
16,80 ---------------------------26
17,48 ----------------------------27
18,09 ---------------------------28
18,77 ----------------------------29
19,38 ----------------------------30
20,06 ---------------------------31
20,67 ---------------------------32
21,35 ---------------------------33
22,0 ----------------------------34
22,7 ----------------------------35
23,3 ----------------------------36
24,0 ----------------------------37
24,7 ----------------------------38
25,3 ----------------------------39
26,0 ----------------------------40
26,6 ----------------------------41
27,3 ----------------------------42
28,0 ----------------------------43
28,6 -----------------------------44
29,3 -----------------------------45
30,0 -----------------------------46

 * imagem: acervo pessoal

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Translactação, muito prazer!

 Alice fazendo um lanchinho enquanto esperava as roupas secarem na lavanderia...(julho/2009)

Atendendo ao pedido da minha amiga querida Karen, mamãe do lindão Roberto (mais conhecido como Rei dos olhos azuis piscina) vou detalhar um pouco mais a minha experiência com a translactação e explicar tudinho.

Vem comigo!

A translactação é uma técnica que consiste em colocar uma sondinha conectada a um recipiente com leite materno ou leite artificial junto ao mamilo da mãe para que o bebê ao sugar o seio receba junto o conteúdo do recipiente.
Ela é muito utilizada em hospitais para alimentar bebês prematuros que ainda não possuem força suficiente para mamar no seio com força e também para mães adotivas que querem amamentar seus filhotes do coração (e quem sabe produzir o prórpio leite pois com o estímulo na glândula isso é possivel...).


O que nem todas as mulheres sabem (eu não sabia!) é que a produção de leite é resultado de todo um mecanismo orgânico e depende de dois hormônios: a ocitocina e a prolactina. 
A prolactina é o que efetivamente produz o "mamá", faz a as glândulas mamárias ficarem preenchidas com leite materno. Mas para isso acontecer é preciso entrar em ação a ocitocina, que manda o aviso para nosso cérebro e faz o leite "descer".

Explico: quando o bebê está sendo amamentado no peito é o estímulo da sucção que estimula a produção do leite. Por isso não é necessário estar com os peitos sempre estourando para garantir uma boa produção, até porque grande parte do leite é produzido no momento da mamada. 

Assim, fica fácil deduzir que quanto mais o bebê sugar, mais leite o corpo produz, né? 

 E a mamadeira?  

Pois é, não quero assutar ninguém mas...sim, a mamadeira atrapalha esse delicado equilíbrio. Porquê? Bom, o raciocínio é simples: o estímulo da sucção faz o cérebro mandar uma mensagem ao corpo que é preciso produzir mais e mais leite. Se o bebê usa mamadeira vai sugar menos o seios da mãe e consequentemente eles produzirão menos leite... 

Além disso para mamar no peito o bebê precisa fazer força, sugar com vontade (o que é um ótimo exercício para a mandíbula, futura dicção...) e na maioria das mamadeiras basta uma encostadinha no bico e o leite já sai em jatos, sem precisar esforço nenhum. E isso pode levar a um desmame precoce pois o bebê desistirá de mamar no peito, afinal na mamadeira é beeeem mais fácil para ele. 
Por isso muitas vezes acontece das mamães acharem que o bebê não quer mais o seio...ou que seu leite acabou. E o bebê é desmamado bem novinho, ás vezes antes de completar um mês.

##Abrir parênteses: Quero deixar claro que respeito totalmente quem decide usar mamadeira, seja por necessidade ou conveniência...enfim! Cada um é livre para fazer suas escolhas, e a amamentação é uma questão muito pessoal, algo muito íntimo de cada mulher. E eu não estou aqui para ser mais uma daquelas chatas que ficam julgando ou se achando melhor que qualquer mulher por uma ou outra razão (aliás acho isso uma coisa de mentes e almas pequenas, um saco!). Fechar parênteses##

Mas e quem precisa usar leite artificial ou por alguma razão precisa bombear o próprio leite e dar para o bebê e não quer de maneira nenhuma correr os riscos do desmame por causa da mamadeira, faz o quê? 

Pois é aí que entra a translactação.
No meu caso era preciso complementar as mamadas da Alice (outra hora dou meu depoimento só sobre amamentação, aqui dá para ter uma ideia de como foi). Estava estressada demais por causa da tal mamadeira e por acaso estava na farmácia comprando conchas para seio e quando puxei de uma prateleira alta a caixinha delas, uma outra caixa caiu na minha cabeça, literalmente. Na hora que olhei o que era, caiu uma ficha gigante, recebi uma luz. Eu já tinha lido alguma coisa sobre translactação para bebês adotados e prematuros mas não tinha me aprofundado no tema, tampouco sabia que existiam kits para uso doméstico, pensava que era apenas em ambiente hospitalar. 

 E foi aí que eu comecei a dar o complemento da Alice através da sondinha, junto com o leite materno. E a coisa funcionou muito bem, porque ao mesmo tempo que ela recebia o complemento da mamada, estimulava meu seio com a sucção e fazia força para mamar. Aleitamento misto não era exatamente o que eu sonhava para minha vida materna mas era a opção que eu tinha e o importante era que minha filha continuava mamando no peito, ainda que tomasse também o leite artificial.

 Confesso que não era a coisa mais fácil do mundo, eu me atrapalhava um pouco com a sonda no início, mas valeu muito ter insistido. O mais engraçado era cara de estranhamento e curiosidade das pessoas quando me viam tirando o kitzinho da bolsa em fraldários ou em qualquer lugar que ela fosse mamar no horário que tomava o complemento (uma vez na lavanderia isso rendeu uma cena engraçada).

 Depois disso virei militante (mas sem perder a ternura, hehehe), vesti a camiseta da amamentação de peito aberto...literalmente. Decidi espalhar a ideia da translactação. Comecei a ler, pesquisar e entender bem o processo todo, até para poder ajudar alguma mãe que tivesse necessidade, afinal maternidade investigativa não tem graça se não for a serviço da causa, né? 

E sabem, tenho certeza que foi graças à esse método maravilhoso que consegui manter o aleitamento materno, que segue firme e forte. E olha que a Alice já tem mais de dez meses e seis dentes.  E cada vez que ela está mamando e me olha nos olhos, solta um pouco o seio e mostra esses dentes num sorriso eu sei que todo o esforço valeu a pena e tenho mais e mais certeza que faria tudo de novo se fosse preciso.


*imagens: acervo pessoal (primeira foto) e banco de imagens do Google.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Os pediatras de minha vida ou a saga pediátrica

Não é de hoje que venho pensando em escrever sobre esse assunto. Ultimamente mais de uma amiga ou conhecida comentou comigo sobre a dificuldade de encontrar um pediatra em que que confie ou simplesmente um profissional que a faça sentir acolhida como mãe (principalmente as de primeira viagem, né?).

Algumas até me confessaram que apesar de não concordar com as imposições  sugestões do médico que acompanham seus filhotes, continuam com ele.

Outras disseram meio sem jeito que não acham o pediatra do filho(a) a melhor escolha mas enfim "foi quem atendeu na maternidade e não vou/ não posso trocar".

Pára tudo!!!!!!!!!

Como assim não vai trocar? E quem disse que não pode ?!!?!?

Gente, na minha opinião super hiper mega pessoal (sem hífen), a pessoa que dividirá uma parte dos cuidados essenciais da criaturinha mais importante da sua vida deve ser, no mínimo, alguém com quem você simpatize e mais do que isso, confie de verdade.

E ainda vou além, o pediatra ideal para mim pode não ser o mesmo para você pois ele (ou ela!) além de te passar confiança deve seguir uma linha de pensamento que case com as suas ideias. Tipo, se os pais acreditam em terapias alternativas, não vão ficar confortáveis com um médico tradicionalíssimo que qualquer espirro já receita um remédio alopático ou pior ainda, um antibiótico.

Da mesma maneira alguém que simplesmente ache a maior besteira esse negócio de florais, homeopatia, acupuntura e tal vai se sentir totalmente deslocado ao se deparar com um pediatra homeopata ou mesmo um adepto da medicina antroposófica.

Captou?

E olha que não é só na parte ideológica, na parte "mecânica" a coisa também é muito complicada.

Explico: é muito difícil encontrar um pediatra realmente preparado para te orientar no início da amamentação, por exemplo. E não estou falando em dar uma aula com datashow sobre o assunto, mas sim um pouco de bom senso e "feeling" naquele período crucial no pós-parto onde estamos nos acertando com o processo todo (muitas vezes sob um estresse gigantesco). Estou falando em te olhar nos olhos, pedir para observar o bebê mamar e  verificar a pega no mamilo, ser realista na avaliação ganho/perda de peso e não te empurrar para uma lata de fórmula infantil pronta e ainda te mandar dar mamadeira para um bebê de poucos dias. 

Estou falando em não fazer terrorismo com os pais, especialmente os de primeira viagem que já estão estressados e preocupados com coisas suficientes.

Estou falando em um profissional atualizado e bem informado que compreenda a insegurança que a dificuldade inicial em amamentar causa em uma mulher. Que saiba orientá-la sobre uma técnica maravilhosa chamada translactação, que eu mesma utilizei com a minha filha. Afinal, se for para complementar que seja assim e não com mamadeira! Aquele pediatra que vai ter humildade em te dizer que não pode te dar essa orientação com precisão (embora possa ser maravilhoso em todo o resto, porque não?) e então vai te indicar um serviço de apoio em algum banco de leite, sem comprometer a relação de vocês (na minha opinião isso não comprometeria, ao contrário, iria fortalecer e me fazer confiar mais nele).

É claro que não podemos generalizar pois existem sim esses profissionais maravilhosos que realmente vestem a camiseta da sua profissão e abraçam essa causa como seu projeto de vida. Mas são poucos...

Por outro lado também existem pais e mães ansiosos e intransigentes que não se contentam com um diagnóstico honesto e querem sempre saber mais que o médico. E esses não são tão poucos... 

E também existem aqueles pais de primeira viagem, transbordando de amor pela cria, inseguros, atrapalhados, querendo muito acertar, tentando ser perfeitos sempre e que acabam metendo os pés pelas mãos e ligam de madrugada para o médico correm  atrás do santo pediatra por qualquer espirrinho do filhote...mas esses fazem parte do pacote da especialização em pediatria e deveria (será que não tem?) ter uma aula só sobre isso na faculdade (hehehe). 

Cabe ressaltar que lááááá nos idos do final dos anos 70 minha mãe teve muita sorte de encontrar um desses médicos que vestem a camiseta da profissão. Lembro dele, um senhor gordinho com uma cara simpática, muito sorridente e cheio de paciência. Minha mãe conta que ele tinha ideias avançadas para a época, sobre alimentação, desfralde e febre. Conta também que ele cansou de tirar minhocas que insistiam em ir parar na cabeça dela. Não sei se ele ainda é vivo, mas se não for tenho uma certeza: se existir mesmo o céu, é lá que ele está.

Quando chegou a minha vez de encarar um pediatra para a filhota a coisa foi bem diferente, meio conturbada desde o início.


Logo nos primeiros dias da Alice em casa, eu tive suspeita de produção insuficiente de leite materno, pois quando a Alice retornou para a consulta após 10 dias da alta  hospitalar faltavam 90 gramas para ela recuperar o peso do nascimento. 

90 gramas! Gente isso é quase nada. Mas então, fui orientada a dar complemento, mesmo sem análise da pega do seio pela boca da bebê, estado dos mamilos. Nada. 

Graças a Deus, universo, santos da igreja católica, entidades espirituais em geral, fada madrinha, papai Noel, Coelinho da Páscoa e meu amado anjo da guarda que eu, por um acaso do destino, conheci a translactação e encontrei o equipamento todo na farmácia quando a caixinha dele literalmente caiu na minha cabeça.

E isso mudou a minha história, e a da Alice também.

Nessa época cheguei a consultar um pediatra que tem uma clínica em cima de um dos hospitais com a maternidade mais badalada daqui, bem famoso por sinal e quando comentei da translactação ele fez uma cara de quem achou uma besteira e disse algo do tipo que não valia  a pena tentar essas coisas muitos diferentes. Risquei ele da minha lista para sempre, famoso ou não, com clínica chiquérrima ou não.  

Quando a Alice tinha quase 3 meses ela começou a ficar muito, mas eu disse MUITO constipada. A pobrezinha fazia cocô uma vez por semana em média (eu marcava num calendário) e vivia irritada, chorosa, mal humorada. E a mãe aqui desesperada em encontrar uma solução.

Nessa fase eu limpei pouquíssimas fraldas sujas de cocô...e todos diziam que era normal, que eu não devia me preocupar que era assim mesmo. Mas algo me dizia que aquilo estava muito errado, por mais que eu tentasse me convencer do contrário...

Um dia por acaso conversei com um amigo médico e pai de bebê pequeno e comentei isso com ele e ainda pedi uma indicação de pediatra. Esse amigo não apenas disse o que eu já sentia no meu coração de mãe (que aquilo  não era normal e não estava certo) como me falou para consultar com a mãe dele, pediatra hiper competente e experiente. Na realidade ela não atende mais nessa área, mas abre exceções para alguns pacientes e ele pediu que ela me atendesse.

Essa mulher incrível não apenas resolveu o poblema da constipação como também analisou as anotações com a evolução de peso da Alice e disse com todas as letras que aquela perda inicial foi super normal e o fato de faltar apenas 90 gramas para atingir o peso do nascimento não era um problema, considerando que a pesagem foi feita quando ela tinha apenas 16 dias. E que essa avaliação deveria ter sido repetida uns dias depois e não simplesmente mandar introduzir leite artificial no bebê. E que eu não tinha produção insuficiente coisíssima nenhuma senão ela nem teria ganho o peso que estava na época.

As palavras dela me fizeram um bem enorme na alma, saí da consulta leve e de coração em paz. Pela primeira vez desde que a Alice tinha nascido eu dormi uma noite de sono realmente restauradora, mesmo tendo que levantar umas duas vezes para amamentar.

Mas infelizmente não deu para continuar com essa médica. Apesar de ótima, o consultório dela ficava do outro lado da cidade (na época eu morava na zona norte). Era impraticável ir sozinha  na consulta dependendo de no mínimo duas conduções de ida e duas para volta, mais as coisas que precisava carregar para a Alice. Ficamos uns três ou quatro meses com ela mas a cada consulta era preciso montar todo um esquema, se estressar muito com os horários, o maridão faltava ao trabalho, tinha o trânsito e quando chovia então...

Hoje vejo que essa decisão foi muito motivada pela minha insegurança de mãe de primeira viagem, do que qualquer outra coisa.

Um belo dia quando estava na minha sessão de acupuntura (quem nunca experimentou, pode ir com fé, recomendo!) e perguntei para minha amada médica se ela conhecia algum homeopata infantil ou um pediatra que atendesse mais perto da zona norte. Ela não só me indicou uma pediatra mas uma que é também homeopata. E o consultório fica a umas seis quadras da minha casa! Posso ir calmamente com a Alice no carrinho e chego lá em 20 minutos. Sorte? Prefiro acreditar em providência divina, na real.

O que posso dizer é que senti aquele "feeling" imediatamente no momento em que pisei no consultório. Na sala de espera várias crianças felizes, sorridentes e pais com expressão tranquila.

E a consulta só confirmou minhas sensações; a drª é uma senhora simpática, sorridente mas firme e consistente nas palavras e explicações. Gosto disso. Nos meses que seguiram ela mandou manipular algumas fórmulas homeopáticas, me explicou algumas coisas na época que os dentes da Alice começaram a nascer e me fez ter mais convicção ainda nos meus pontos de vista. 

A conclusão que eu tirei de tudo isso?

Não podemos jamais ter medo/receio/vergonha ou seja lá o que for quando se trata de ir em busca do que acreditamos ser o melhor para aqueles que amamos. 

Então, se você não sente aquela empatia genuína, aquela confiança tranquila no pediatra de seu filho, TROQUE JÁ! 

E vale pedir indicação para amigos, lista de discussões, blogs de mães (hehehe), mães de colegas de creche, mães em fraldários, mães na pracinha...

E continue buscando até encontrar quem te fará sentir que é a pessoa certa. Faça isso não por você, não pela sua tranquilidade, não pelas suas noites de sono bem dormidas. Faça isso pelo seu filhote, afinal essa pessoinha tão importante merece ser tratada por alguém em quem a mamãe confie de verdade, né?

E vocês, o que acham? 

*imagem: banco de imagens do google

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Maternidade investigativa...sempre a serviço da causa!



Pois hoje esfriou muito aqui nos pampas (hehehe). 

Desde que aprendeu a se virar na cama, com uns quatro meses a Alice desconhece o significado de cobertas/cobertor/dormir tapada e não parece nem um pouco interessada em aprender.
Então eu precisei exercitar a minha criatividade (bem pouquinho) para achar um jeito da guriazinha ficar quentinha enquanto dorme.

 Inverno passado eu achei no Passa-Passará  um pijama saquinho de dormir. Na real é uma roupinha igual aquela da Maggie Simpson. Na época ficava enorme na Alice mas táva baratinho e eu achei o conceito interessante e levei. Ela até usou algumas vezes mas sobrava faltava nenê para encher a roupinha.
Eis que hoje quando fui colocar a figurinha para sonhar com carneirinhos e anjinhos eu resolvi tentar o pijama da Maggie de novo e...ficou perfeito.

O da Alice é exatamente igual a esse:
                              


Ela tem outro (que é mais um cobertor que vira casulo), ganhou da dinda ano passado, igual a esse da foto só que rosa (hehehe).







 
Atualmente estou um pouco mais bem informada e sei que existem diversos modelos de casulinhos, baby-coccon ou simplesmente saquinho de nenê.




 
 
Recomendo muito. Prático, confortável e funcional. Gostei tanto que vou levar numa costureira para fazer uns modelos maiores (a Alice tá crescendo rápido...).


*imagens: banco de imagens do google.

Bazar e ajuda ao Lar Santo Antônio do Pão dos Pobres

Pois, hoje li no Nave Mãe sobre um bazar beneficiente organizado por outra leitora, a Manuela Monteiro.

Super legal a iniciativa, além de ajudar o Lar Santo Antônio a função toda vai ser em uma casa de festas infantis e os brinquedos estarão disponíveis para distrair a criançada enquanto as mamães se divertem comprando peças com descontos de até 40%  40 até 70% em vestuário e peças variadas do enxoval (acessórios para alimentação, banho, etc...).


E serão produtos de grifes variadas (VIC, Petit, Noruega, PUC, Triello e Helo Kitty). Para quem curte vai ser um baita negócio.

Mas o mais legal é encontrar outras mamães conhecidas do mundo virtual, levar os filhotes para se divertir e ainda ajudar o Lar Santo Antônio, né?

Não vou deixar de ir dar uma conferida, até porque é pertinho da minha casa e a Alice ama passear.


O quê? Bazar Beneficiente!
Quando?  14/04 - quinta-feira
Horário?  Das 9 às 21hs
Onde?  Merci Casa de Festas (Alameda Coelho Neto, nº 100, Praça Japão, Boa Vista, POA/RS) 


****IMPORTANTE: Haverá arrecadação de alimentos não perecíveis para doação ao Lar Santo Antônio do Pão dos Pobres.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Companheira, amiga, parceira...


10 meses e uma semana.
6 dentes e hoje vi mais uma pontinha saindo na gengiva inferior...
73,5 cm.
9,300 kg
Resmunga, ri, bate palmas e dá um sorriso de conquistadorazinha quando faz algo que sabe que não pode.
Engatinha como uma flecha e já caminha agarrada nos móveis com surpreendente rapidez. 
Sabe se fazer notar quando é (e quando não é) necessário. 
É completamente apaixonada por gatos.
E parece não simpatizar muito com cachorros (não me perguntem o porquê, para mim isso também é uma surpresa - seria genético?).
Larga tudo para se atirar nos braços do pai com uma adoração que me faz pensar que se ele tivesse peitos eu ficaria em maus lençóis... (brincadeirinha, hehehe).


E além de tudo isso temos uma cumplicidade que só eu sei como é.