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terça-feira, 20 de abril de 2010

O primeiro ofurô a gente nunca esquece...


Quando a Alice era beeem pequeninha uma das coisas que eu mais me atrapalhava na hora de fazer era dar banho.
 No hospital as enfermeiras davam banho nos bebês numa sala só para isso, usando uma bancada-trocador ao lado de uma pia. Elas enxaguavam os bebezinhos embrulhados em uma fralda, segurando embaixo da torneira de água quentinha. Eu achei isso super prático, adorei tanto que se tivesse uma pia grande no banheiro certamente teria tentado (hehehe).
Mas a realidade em casa era bem diferente...
Eu ficava muito insegura porque além de ser inverno, eu tinha que cuidar a temperatura da água, segurar o nenê sem deixar a cabeça cair muito para o lado, passar sabonete líquido (em barra é coisa para gente com bem mais habilidade, rsrs) na cabecinha, no corpinho, enxaguar, pegar a toalha... E tudo isso antes do nenê ficar gelado de frio!
E não sei se acontecia só aqui em casa, mas era colocar a Alice na água e começava o maior berreiro...e eu ficava mais insegura ainda...
A Alice tinha nada menos que três banheiras em casa, daquelas simples de plástico. Nunca quis uma banheira com trocador porque ficaria inviável instalar no quarto dela (sem falar do nosso banheiro, falta de espaço total!), além disso, durante boa parte da gravidez tinha peregrinado nas lojas até achar uma cômoda com tamanho suficiente para usar como trocador,  e depois de todo esse trabalhão queria mais é usá-la, né?. Então vetei as banheiras trambolho gigantes com trocador na parte de cima.
Já tinha lido muito sobre banho de balde e a tummy tub durante a gravidez e tinha amado o conceito da coisa. Mas a recomendação médica era não mergulhar o nenê na água enquanto o umbigo não caísse, e a Alice tinha uns 21 dias quando caiu o dela. Acabou que passei o primeiro mês dando banho na banheira com bem pouca água. Mesmo depois da queda do umbigo eu continuava insegura, ouvia palpites mil (aiaiai palpiteiros de plantão...).
Mas aquilo não estava legal, tenho certeza que a minha insegurança passava para ela e confesso que seu eu fosse um bebê detestaria aquele processo todo. Eu percebia o quanto ela ficava tensa na banheira e eu não queria que a hora do banho acabasse associada a uma sensação ruim.
 Então estava mais do que na hora de fazer as coisas como eu achava certo.
Não comprei a banheira "oficial" porque achei o preço digamos assim...salgado (R$ 120,00 em média). Mas quando ela estava com mais ou menos 1 mês fui até o supermercado e tcharam! Comprei um baldinho daqueles bem comuns, transparentes por uns R$ 20,00 (o clássico da Sanremo). Estava bem ansiosa para a estréia, uns dias depois e...foi decepcionante!
 A Alice berrou muito, mas eu disse MUITO na hora de entrar no balde e não parou. E eu fiquei arrasada me perguntando onde tinha errado. Mas como eu sou uma pessoa muito obstinada, não desisti assim tão facilmente.
Esperei uns dois dias e tentei de novo. Nova sessão de berreiro, mas dessa vez com menor intensidade. E então, lá pela terceira vez que a coloquei no baldinho a coisa ficou boa. Ela ficou quietinha e relaxou. E eu queria dar pulos de alegria, coisa que só não fiz porque teria que soltar o nenê sozinho dentro do balde e isso não seria legal (hohoho, piadinha de mau gosto!).
E foi assim até ela ter quase seis meses. Só paramos de usar o baldinho porque a Alice começou a ficar em pé, queria sair toda hora e isso dificultava muito o banho. Mas já estou procurando um baldão (alguém tem alguma sugestão?) para usar nesse inverno porque, gente, é gostoso demais, é prático demais, é tudo demais de bom.
Era engraçado porque tenho muitas amigas que nunca ouviram falar em bebê no balde e ficavam um tanto quanto escandalizadas surpresas quando viam as fotos da Alice bem faceira de molho. Chegaram a me perguntar (vê se pode? Hehehe) se ela não tinha uma banheirinha...e eu sempre respondia: Não tem uma, na verdade tem três!
 O banho de balde tem várias vantagens para os bebês: diminui as cólicas, acalma e relaxa, faz dormir melhor, provoca bem estar porque simula um ambiente semelhante ao útero materno (o bebê fica mergulhadinho na água na mesma posição que estava na barriga da mãe, todo apertadinho). 
E olha que o negócio funciona mesmo, a Alice nunca mais teve cólicas desde que comecei a usar o baldinho/ofurô. Claro que desconforto gástrico ela tinha sim, eventualmente. Mas aquele chororô inconsolável passou de vez.
E tem a parte prática da coisa, sem comparação.  
A logística para usar o baldinho é milhares de vezes mais simples que a banheira. Para começar, usamos menos água e ela demora mais para esfriar (acabou a atucanação em deixar o bebê de molho na água fria no inverno).  Basta colocar água até um pouco abaixo da metade do balde, tomando sempre muito cuidado para que a água não ultrapasse os ombros do bebê quando ele estiver dentro do balde e com a temperatura (não vai cozinhar seu filhote, né?).
Depois, é muito mais fácil segurar o bebê dentro do balde, por uma razão muito simples: ele não tem para onde se espalhar e rolar. Basta amparar a cabecinha, simplinho, simplinho. 
Para lavar a cabecinha eu fazia da mesma maneira que na banheira: lavava a cabeça antes (com o bebê embrulhado numa mantinha por causa do frio), secava um pouco e depois colocava no balde.
Para não massacar as costas recomendo colocar o balde em cima de uma mesa, bancada da pia, trocador...ou fazer como eu, que comprei um banquinho de pernas bem curtinhas e sentada nele ficava da altura certa (uso esse banquinho até hoje, minhas costas agradecem). Esse aqui e esse também servem.
E como se não bastasse tudo isso, o baldinho é super fácil de levar para todos os lugares. Já experimentou viajar com uma banheira no porta-malas do carro? Ruim, né?  E um balde?  Não fica mais fácil? Pois é. 
Por todos esses motivos eu sou fã do banho de balde. E a Alice também. E como eu disse antes, nesse inverno pretendo voltar ao ofurô, estamos procurando um balde grande o suficiente.
Para falar bem a verdade, queria achar também um do meu tamanho...

E vocês, o que acham do banho de balde?

*foto: acervo pessoal, Alice com um mês e meio.

7 comentários:

Mariana Costa Zattoni e Silva disse...

Ai, que liiiindo! Posso dar uma mordidinha? rs Te linkei lá no meu blog, ok?

Bjs!

Beta disse...

Obrigada Mari!!
Bjão!

Unknown disse...

tambem comprei pra C um balde comum, e ela adorou. Mas so usamos quando ela era pequeninha e nao chorava. Hj com 9 meses de vez enquando tem ataques n ahora de lavar a cabeca. bjs

Unknown disse...

Acho super válido o banho no balde. O Dudu até que fica quietinho no banho de banheira, mas tenho vontade de experimentar sim. Bjs

Eloise mamãe da Betina disse...

Oi Roberta!Descobri seu blog por acaso, nem lembro onde, e ADORO!!Tb sou gaúcha, moro em Sobradinho (conhece? rsrsrs) e me identifico mto com teus posts!Aqui o banho de balde é sucesso garantido!! Uso tb o da Sanremo, e Betina está com 11 meses e segue amando! As vantagens todas essas q vc falou: é prático, quentinho, ela ama! Eu tb queria um balde pra mim rsrs!!!Aqui eu encontrei um 'gigante' da sanremo, q vou adotar daqui pra frente, pq o dela já está ficando apertado msmo! Mil bjos!!!!

Unknown disse...

adoreiiiiiiiiiiiiii a idéia nunca tinha ouvido falar em banho de balde kkkkkk e ache a idéia sper hiper mega interessante e super pratica tambem, eu tenho dois bebes um de 2 anos e 4 meses e um de 8 meses será que ainda dá tempo ?????

Beta disse...

OI flor! Desculpe a demora para responder.
Olha, na verdade depende muito do tamanho dos bebês...
Tenho um amigo que mandou a foto da filha com 4 anos num "balde", que era na verdade um cesto gigante de lixo que ele comprara exclusivamente para isso.
Alice ficou no balde até uns 7 meses e aí acabamos passando para a banheira/bacia.
Bjo